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USI solidária com a greve dos trabalhadores dos CTT e com o recurso à DGERT

Os trabalhadores dos CTT decidiram marcar uma greve geral para os dias 30 de novembro e 2 e 3 de dezembro. A sua luta por aumentos salariais para 2020, com efeitos retroativos a janeiro, é justa e legítima, na medida em que não há qualquer razão para que tal não suceda.

As três estruturas sindicais da União dos Sindicatos Independentes (USI) – SITIC, SICOMP e FENTCOP – que integram a coligação de oito sindicatos do setor aderiram à greve geral e vão para a rua lutar pelos direitos dos trabalhadores dos CTT.

Esta confederação sindical está totalmente solidária, pelo que os seus representantes marcarão presença na sua luta.

A USI repudia a utilização dos prémios de desempenho e a antecipação do subsídio de Natal como armas de arremesso que mais não pretendem do que desmobilizar os trabalhadores.

Adicionalmente, SITIC, SICOMP e FENTCOP, bem como os restantes sindicatos que integram a coligação que lidera a luta pela dignidade dos trabalhadores dos CTT, decidiram solicitar a intervenção da Direção-Geral do Emprego e das Relações de Trabalho (DGERT), no que têm também o apoio e a solidariedade da USI.

Num ano particularmente difícil para todos os trabalhadores, em que os colaboradores dos CTT desempenharam, e desempenham, com brio e orgulho as suas funções de serviço público, mesmo correndo riscos pessoais acrescidos no seu dia-a-dia profissional, não se compreende a atitude intransigente e irrefletida da administração dos CTT.

Mesmo em contexto de pandemia, os CTT continuam a apresentar resultados operacionais muito razoáveis, algo que seria impossível sem a dedicação e o compromisso dos seus trabalhadores.

Infelizmente, há gestores e administradores que parecem não compreender o mais elementar, numa relação entre trabalho e capital que se quer profícua para as duas partes, e em que por consequência se salvaguarda o interesse comum de trabalhadores e de acionistas.

Encostados à parede, não resta outra alternativa aos trabalhadores dos CTT que não seja a luta. Contam com o apoio da USI e seguramente também com o da opinião pública e dos portugueses.

 

Lisboa, 19 de novembro de 2020

Comunicado disponível em versão pdf